Friday, October 10, 2008

Uma carta silenciosa

Para falar de mim, poderia usar uma letra de música, um poema, alguma imagem artística, e muitas outras formas de expressão criadas. Mas para que? Para falar de si, para dizer a outros o que sou, o que sinto, em determinado momento ou ao longo de minha vida. Contemplando isso, consigo notar que cada músico, cada pintor, cada escritor, poetas, filósofos, escultores, contadores de histórias, cada artista das mais diversas formas consentem que, não há arte suficiente para dar voz ao silêncio, à inspiração, àquilo que faz o homem criar obras incontáveis, proferir palavras quer sejam para arrancar um breve sorriso, uma gargalhada, uma lágrima, ou palavras que nos fazem pensar em cada sorriso, gargalhada ou uma lágrima sincera de felicidade ou de tristeza, palavras que ressoam nos cantos mais profundos de nossa alma e, sempre que lembradas, nos evocam suspiros aliviados, nos inspirando a engenhar algum meio de responder, gerando a mais sincera reciprocidade.

Também não há arte que comunique o sofrimento, a crueldade, a desgraça, pois cada um de nos sabe o quão profundos são esses sentimentos, que muitas vezes nos tomam, fecham nossos olhos e nos lançam em um mar de desespero, que, tão tempestuoso, nos faz criar uma arte, para tentar comunicar nosso sentimento, quer seja para pedir ajuda, quer seja para sentirmos menos sós.

Está arte pode expressar o mais sincero e puro sentimento de liberdade, também pode aprisionar em grilhões de aço o último suspiro de esperança, trazer a luz e a escuridão. Uma arte para expressar ao homem, o que o homem é.

À todos os artistas, companheiros e amigos!

0 Comentários:

Post a Comment

<< Home